domingo, 1 de julho de 2012

we've got forever


Porque não mais me contenho a esses impactos violentos que de maneira crucial quebra o tabu nunca posto à prova. Sinto o prazer de fixar o olhar no brilho esplendoroso que ofusca olhares, no abrir feridas e em atos não-simbólicos deixá-las por sangrar sem que de fato machuquem, em sentir o gosto da experiência. O implícito desafio de olhar tudo pelo alto e não fixar-se em minúsculas partículas vitais que suspendem esse pedestal de informações do viver. Sair do abstrato para simplificar todo um ato que é a vida! E por quais propósitos mantê-la? Tem o acaso o encargo de jogar-lhe purpurinas para que encontremos motivos para sorrir ao sol matinal?
Então sigo comprazendo-me de fantasias, criadas por mim ou pelos fatos de quais não abro mão de tê-los sublinhados em pensamentos ocultos, olhares desviados, devaneios propositais – tais que me fazem andar por linhas onde alheios não enxergam. Apenas imaginam, ou talvez não consigam formular imagens dos lugares que presencio. Questiono expostamente à meu próprio espírito pelas cenas em que participo de minhas próprias metragens enfeitadas... Fecho os olhos para enxergar. Abro-os para não entender.   

terça-feira, 1 de maio de 2012

i am, forever, my own Draco. oh fuck.

 
Mas de repete tudo pareceu muito idiota para Draco. O simples fato de estarem ali, se rodeando como presa e predador (a quem sequer saberia atribuir os papéis) soava idiota e sem sentido nenhum. Todo esse enigma sem ponto de começo nem fim, essa marcha para o nada – qual o sentido de tudo isso?
Cansaço definia. De repente Draco se viu cansado, esgotado, de uma maneira a qual não imaginara sentir. Qual a graça de fantasiar e dar de cara com o nada, tantas e inúmeras vezes? Havia mais coisas no mundo além de Ginny, por mais que o efeito da proximidade lhe gritasse o contrário...

sábado, 10 de março de 2012

maybe its time to let it go (and thats i most fear, i almost cant stand writing it.)


 Mas com que insensata solidez trato desse assunto. (...) Mártir, foi o que me tornei! Então não me peça provas de amor, jogo-as à sua porta diariamente, e você sequer as recolhe.

Segue teu caminho, então. Estás a procurar algo que não se encontra em minha jornada... De maneira paralela, caminharemos de mão dada – estendê-la-ei, e não exijo que me atenda aos socorros. Torna-te ébrio do amor que te ofereci, e por mim, ignora-o. Lembre de também me recordar que estou sozinha por não ser o suficiente.
Hoje remeti a uma citação de um protagonista literário que citava amar como se ama o que se perde para sempre. Mas como? Tudo me é estranho. Desconheço a rota que tomamos... assim como desconheço a ti. Sinto que fraquejo ao tentar desvendar, fraquejo ao último abraço rapidamente desfeito, fraquejo ao abraçar estrelas que tentar desesperadamente fugir com o universo inalcançável demais! Meu universo é outro e de maneira enfadonha mata a julgar o alheio. Como se tudo estivesse a me gritar – é fastidioso amar você. Se no passado ousei julgar enigmas como pérolas a brilhar cobrindo dilemas, hoje não o sinto o pragmatismo da beleza enfeitada com a dor do sentir.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

and it's gonna be cold


Traço com os dedos os caminhos que um dia percorri. Intervalos que coincidem  números em datas que novamente me encontro, e que junto trazem consigo o vazio. Conto todas as horas, minutos, segundos e todo esse sacrifício sequer encontra cansaço no complexo ato de cumpri-lo! Procuro-te. Nas memórias dos outros, nas lembranças que nunca tive, arrisco invasões alheias para em um borrão seu adentrar! E jaz ali toda essa felicidade contida da saudade. Da falta... O escasso poder um dia já seguro em uma adaga que, valiosa, costumava carregar. E por usá-la tarde demais, perdê-la foi meu castigo e maldição - conseqüência deveras prevista? Não culpo essa consciência por sequer imaginar, tudo me foi borrado com impactante delírio. Deixada à margem da fuga, roubada primeiramente por você, culpo-me desde então por esse erro de cálculo. E quando me girou os tornozelos (o que sequer cheguei a visualizar por me permitir fazê-lo antes, gesto inutilmente metafórico) foi então que pude sentir que todo o baque de um mundo já percorrido – ser-me-ia uma prisão para sempre. Faço por merecer, pois de maneira atual me acomodo em solidão vasta, cansada e clichê. Faço trocas cujos resultados são semelhantes; respiro o mesmo ar da nostalgia brilhante mas afogo aos suspiros posteriores.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

taking over

Até que ponto valia a pena perder as coisas? Tricie imaginou que abrir mão delas seria metaforicamente abrir os dedos para sentir a correnteza de um rio passar pelo vazio, sentir a sensação de deixar ir sem ser levado junto. Deixar chegar aos outros, deixá-los sentir esse impacto, sacrificá-los por ditos bens maiores.
Ela poderia? Deveria? Conseguiria?
Eram vozes imaginárias gritando desordenadamente, fora de sintonia - e sua mente impecável e usalmente ordeira pediu socorro. Como não se afogar no fato de que "algo estava errado, fora do lugar"? Se ao menos um dia de sua vida conseguisse responder à essa pergunta.
Se ao menos uma voz em específico se exteriorizasse. Um manifesto ao seu humor taciturno. Algo a ser focado, que ela sempre poderia abrir mão do resto quando tal existisse.
No fim era abandonada pelas possibilidades. Quando a expectativa se retira, só resta o escuro e um caminho a ser seguido: o da volta. Ao princípo. Ao nada. Ao que se costuma agarrar de maneira desajeitada, quase primitiva. Ali talvez seja o único lugar onde se erra e nada se aprende de fato.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

you dont care a bit

Cotidianamente vislumbro esses reflexos estonteantes, neles busco uma fuga que até então não sei se de fato é. Conhecimentos exacerbados jogados à minha porta, recolhidos com cautela e mixados ao rápido correr do tempo que tento acompanhar. Perigos que raspam à fronteira de minha vida, onde sigo percebendo-os ou não...
Mas é quando tudo cessa, quando a luz apaga, quando a música torna-se ruídos vazios. Quando meus olhos realmente fixam-se em algo existente no escuro, quando meus sentidos de fato percebem o nada. Quando me é alertado de que jaz o vácuo onde antes havia algo. É nesse momento em que sinto medo de estar onde de fato estou. Essa inércia ao nada, inexistentes jardins que por ora tanto me iludiram com suas cores... Me fizeram aderir ao comodismo de sonhar! Quanta audácia. Sorrir debilmente diante de recordações de minutos anteriores. Saber que tal realidade paralela segue intocável com a realidade atual, imutável, depreciativa. Teus olhos que um dia já prenderam-se nessa direção, e que, doce, perderam-se na minha fuga implícita e, ao final, forjada. Estou mais presa do que nunca, e da maneira mais dolorosa - me é estranho o caminho semelhante ao teu, e essas correntes só abrangem palavras, imagens, toques. Passado.
Notas musicais continuam fluindo à minha direção. Luzes. Teorias. Risco.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

tanto faz o tempo já não mais soprar

Se minha fé engloba os sinais do passado ou o mísero alerta de olhar para trás a cada passo novo, então abraço a culpa de não ter o dom de seguir sem o luxo de ignorar as lembranças. Abraço a culpa de ter suas correntes, de seguir ordenados martírios buscando à minha frente tocar o que já passou. E assim deleito-me.. Sorrisos sombrios que insistem em mostrar que jazem enterrados no tempo invisível e já intocável. Não existem mais desse jeito, apenas estão ali parados para jogar tal verdade aos nosso olhos, e tanto tempo parece inserir-se de maneira definitiva em nosso presente já em andamento.. Seguir sem ao menos perceber! Quão doloroso pode isso se tornar?