Porque não mais me contenho a esses impactos violentos que
de maneira crucial quebra o tabu nunca posto à prova. Sinto o prazer de fixar o
olhar no brilho esplendoroso que ofusca olhares, no abrir feridas e em atos
não-simbólicos deixá-las por sangrar sem que de fato machuquem, em sentir o
gosto da experiência. O implícito desafio de olhar tudo pelo alto e não
fixar-se em minúsculas partículas vitais que suspendem esse pedestal de
informações do viver. Sair do abstrato para simplificar todo um ato que é a
vida! E por quais propósitos mantê-la? Tem o acaso o encargo de jogar-lhe
purpurinas para que encontremos motivos para sorrir ao sol matinal?
Então sigo comprazendo-me de fantasias, criadas por mim ou
pelos fatos de quais não abro mão de tê-los sublinhados em pensamentos ocultos,
olhares desviados, devaneios propositais – tais que me fazem andar por linhas
onde alheios não enxergam. Apenas imaginam, ou talvez não consigam formular
imagens dos lugares que presencio. Questiono expostamente à meu próprio
espírito pelas cenas em que participo de minhas próprias metragens
enfeitadas... Fecho os olhos para enxergar. Abro-os para não entender.